quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Vargas, Jânio, trabalhismo e uma mentira...


Hoje, 24 de agosto, faz 57 anos que Getúlio saiu da Vida para entrar na história. O Presidente Getúlio foi um estadista que se preocupou com a industrialização e a nacionalização do Brasil. O modelo de governo adotado por ele se baseou na oposição á elite agroexportadora. Estes, principalmente representados pela UDN de Carlos Lacerda. Seu governo também foi caracterizado pela descoberta, exploração e nacionalização do Petróleo brasileiro. O ponto chave foi à criação da Petrobrás. Quem não se lembra do “O Petróleo é nosso”.  É claro que nos primeiros anos de governo, Getúlio teve que adotar uma postura mais rígida. Até porque ele estava enfrentando inimigos perigosos, a elite entreguista deste país. Em função disso, muitos só destacam o período ditatorial do seu governo (Estado Novo, 1937-1945). Naquela época, com a incipiente democracia, era o que poderia ter sido feito. Ou o leitor pensa que a direita iria deixar o país se nacionalizar, os trabalhadores terem seus direitos e a riqueza do Brasil ficar no Brasil?
Gosto de uma frase da carta testamento:
"O povo de quem fui escravo não será mais escravo de ninguém"


Já no dia 25 de agosto, relembra se os 50 anos da renúncia de Jânio Quadros. Este foi um presidente atípico do Brasil e também o primeiro político que obteve sucesso através do marketing. Quem nunca ouviu falar da vassoura “Varre, varre vassourinha; Varre, varre a bandalheira; Que o povo já esta cansado de sofrer dessa maneira”. Também tem a história do talco nos ombros para parecer caspa e o pão com mortadela.
O Governo de Jânio foi marcado por atos descompromissados, uma política externa desleixada e por crise política junto ao congresso nacional. Ele chegara ao poder com milhões de votos da elite e da classe média. Mas quando chegou ao planalto, seu estilo de governar assustou a população e a classe política. Assim ele foi perdendo o apoio político e a governabilidade, embora fosse um presidente muito popular. Tanto é que quando renunciou, Jango esperava que o povo fosse a rua pedir a sua volta, como aconteceu com Vargas em 1950. Isso não aconteceu e seu vice (João Goulart) teve trabalho para assumir a presidência.
Agora, muitos na imprensa (Revista Veja) contam que uma das consequências da renúncia de Jânio foi à morte da Democracia no país. Eles apontam o golpe de 1964 sendo a principal consequência. Mentira. Pois o golpe já estava sendo planejado há muitos anos antes. Porque o povo da UDN  (UDN=PDS=ARENA=Democratas) já pretendiam tomar o poder desde 1950. Em 1954, com um tiro no peito, Vargas adiou o golpe por 10 anos. Mesmo assim, em 1964, não teve jeito. A elite que estava acuada e chamou seus cães de guarda. O exército. E assassinaram a democracia. E hoje, querem que acreditemos que a culpa do golpe e não revolução foi uma trapalhada, um desastre  de Jânio. Mentira. Mentira. A mídia da época apoiou claramente a “Revolução”. Até porque a veja surgiu em 1968 e a Rede globo com financiamento americano apareceu 1965. Somente 1 ano após o golpe.
Em 2011, ainda nota se os dois lados dessa moeda. Os partidos estão aí. Cabe ao leitor pensar nisso quando tivermos eleições.

                                                                "Fi-lo porque qui-lo"


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