quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Os mais legais fazem Ciências sociais"

Assim são obrigados a cantar os calouros que ingressam no curso de  Ciências sociais da UFPR. Sei disso porque estudei lá. Foi um bom tempo. Agora vai um breve histórico do curso. O texto foi retirado do site de Ciências sociais.

O curso de Ciências Sociais da UFPR foi criado em fevereiro de 1938, no âmbito da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná (FFCL), por "professores das Faculdades de Direito, Engenharia e Medicina da Universidade do Paraná, da Escola Agronômica do Paraná, alguns membros do Círculo de Estudos Bandeirantes, sacerdotes católicos e outros" (Westphalen, 1988:19). Nesta fase inicial constituem-se três departamentos (Filosofia, Ciências e Letras) e um Instituto Superior de Educação. Os primeiros cursos autorizados a funcionar naquele semestre foram os de Filosofia, Ciências Químicas, Geografia e História, Ciências Sociais e Políticas e o Curso Superior de Educação, cada um com vinte vagas iniciais, embora no total ingressaram apenas dezenove alunos naquele primeiro ano.
O Curo foi reconhecido pelo Governo Federal em 1940, através do Decreto 5.756, de 04/06/1940, e mantido pela União Brasileira de Educação e Ensino (UBEE), órgão gerenciado pelos Irmãos Maristas, e por intelectuais católicos ligados ao Círculo de Estudos Bandeirantes, até 1946, quando a Faculdade passou a integrar a restaurada Universidade do Paraná, federalizada em 1950.
No cenário sobre o qual se instala a FFCLPr e, em seu interior, o curso de Ciências Sociais, é importante resgatar o histórico da constituição deste espaço. Para tanto, é preciso retroceder à virada do século XIX para o XX, quando se estabelece a luta entre clericais e anticlericais, constitutiva da teia de inter-relações entre a primeira geração de letrados do Paraná.
Cabe lembrar que a luta entre clericais e anticlericais, anunciada já ao final do século XIX, atinge graus elevados na primeira década do século XX, combinando-se com o crescimento do positivismo. Nesta década há inúmeros movimentos culturais – dos imigrantes recém chegados, dos homens da Igreja católica, dos filhos da elite econômica de origem luso brasileira – tendo como contexto econômico, a crise da erva-mate. Num movimento que visa recuperar o espaço de participação que a província do Paraná possuía no final do Império, vozes de políticos e letrados formados em ambientes liberais do Rio de Janeiro, São Paulo, Buenos Aires e Montevideo, bem como lideranças econômicas se movem para criar, em 1912, a Universidade do Paraná.
Trata-se, portanto, de um dos mais antigos cursos de Ciências Sociais do Brasil, e o mais antigo do Paraná. Contudo, desde sua origem até meados dos anos 80, manteve-se distante de uma matriz curricular que se orientasse pela consolidação e profissionalização das áreas de concentração tais como sociologia, antropologia e ciência política.

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